No outro dia, num dos arcos da Plaza Mayor, esperando por quem não vinha, e vendo quem passava, pude ouvir um homem de meia-idade contar a um miúdo, acredito que seu descendente, a seguinte história:
“Sabes, quando era pequeno, assim como tu, tinha um amigo que, todos os dias, quando chegava a casa, qualquer que fosse a hora do dia, ou a estação do ano, ia direitinho à casa de banho, assoava o nariz e lavava as mãos. Até que um dia, as coisas mudaram: ao assoar-se, o meu amigo, percebeu que o que lhe saia do nariz era, daquela vez, água!!!! Sabes, ficou assustado, espantado, surpreso. Até que, sem pensar, começou a esfregar as mãos como quem as ia lavar e, nessa altura, a água que escorria do seu nariz parou! Nesse momento percebeu que, dali para diante, apesar de diferente dos outros meninos, dependia apenas de si para que, em qualquer lado, pudesse cumprir esse seu ritual de higiene. E tu, que não és como ele, tens a sorte de ser um rapazinho igual aos outros, recusas por teimosia lavar as mãos. Vê lá se, um destes dias, não te acontece qualquer coisa assim …”.
O miúdo tinha os olhos o mais aberto que podia e o coração, vi-o eu, pequeno, pequeno, tanto era o temor que o abafava.
“Sabes, quando era pequeno, assim como tu, tinha um amigo que, todos os dias, quando chegava a casa, qualquer que fosse a hora do dia, ou a estação do ano, ia direitinho à casa de banho, assoava o nariz e lavava as mãos. Até que um dia, as coisas mudaram: ao assoar-se, o meu amigo, percebeu que o que lhe saia do nariz era, daquela vez, água!!!! Sabes, ficou assustado, espantado, surpreso. Até que, sem pensar, começou a esfregar as mãos como quem as ia lavar e, nessa altura, a água que escorria do seu nariz parou! Nesse momento percebeu que, dali para diante, apesar de diferente dos outros meninos, dependia apenas de si para que, em qualquer lado, pudesse cumprir esse seu ritual de higiene. E tu, que não és como ele, tens a sorte de ser um rapazinho igual aos outros, recusas por teimosia lavar as mãos. Vê lá se, um destes dias, não te acontece qualquer coisa assim …”.
O miúdo tinha os olhos o mais aberto que podia e o coração, vi-o eu, pequeno, pequeno, tanto era o temor que o abafava.
Lindo, Mafalda querida!
ResponderEliminarPois não sei onde se enfiou o outrocomentário em que te dava as boas vindas ... A minha inépcia está sempre a pregar-me partidas.
Beijinho grande minha amiga
dina